eleita pelo João Pestana
para quem conhece a lenda de Viseu, certamente irá perceber o título que atribuí a esta fotografia. uma pequena homenagem à cidade onde tudo começou e, como não podia deixar de ser, tudo terminou.
maravilha décima-segunda (dia #337): summer day ending
eleita pela Teresa Santos
está próximo o fim e pouco mais há para dizer que ainda não foi dito. uma das coisas que tomei como garantidas e se revelou bastante mais complicada foi a eleição destas 12 maravilhas. acabei por me render a títulos não lusófonos, penso que as pessoas dão mais significado.
maravilha décima-primeira (dia #307): rouge
eleita pela Catarina Oliveira
com a chuva a precipitar e o frio a condensar, a vontade de partir e fotografar diminui e é substituída pela preguiça de um filme no sofá. no entanto, gosto de levar o que começo até ao fim e essa determinação foi o suficiente para me quebrar a rotina que me transportava a uma decadência sedentária.
maravilha décima (dia #300): our late coffee
eleita pela Beatriz Albernaz
penso que esta foi a altura em que mais documentei o meu quotidiano. as redondezas do Porto, os interiores da casa e os pequenos detalhes que iam surgindo no decorrer do dia-a-dia. algumas pessoas mais familiares e chegadas também surgem aqui e ali. com a falta de tempo, criatividade e até vontade, por vezes, eram as coisas práticas que mais pousavam para a minha lente.
maravilha nona (dia #242): velho perigo
eleita pelo Luís Belo
estamos em setembro e começa mais um semestre na universidade. é tudo novidade numa cidade nova, com tantos recantos por explorar e o tempo tão pouco para dedicar a seja o que for. um curso talvez exigente também não ajuda e temo que isto comece a descarrilar. agrada-me ter conseguido levar o projecto sobre rodas e cumprindo todas as regras durante mais de metade, mas teria de se perder eventualmente.
maravilha oitava (dia #221): roda viva
eleita pelo João Augusto
por esta altura, já começo a sentir o peso do encargo a que me comprometi. esperava-o mais cedo, mas finalmente chegou. tem-se tornado difícil continuar. o efeito novidade já há muito que evaporou, e as ideias começam a tornar-se cada vez mais escassas. contudo, sinto a vontade de continuar. penso que tenho evoluído imenso e o projecto - sem sombra de dúvida - ajuda-me bastante. tendo completo aproximadamente três quartos, o fim está próximo. irei continuar, sentindo o peso das exigências. é óbvio, quando terminar a sua falta será profundamente marcada.
maravilha sétima (dia #189): texturas
eleita pela Suse Almeida
a verdade é só uma: ainda não consegui desfazer-me da 50mm. no entanto, tenho capturando com uma abertura reduzida de f/8 para obter a nitidez máxima. fotografias arquitectónicas, de rua, paisagens e inclusive pessoas têm mostrado ser bons candidatos. estou maravilhado, não só com a profundidade de campo, mas também com esta imensa nitidez.
maravilha sexta (dia #168): trabalho duro
eleita pela Sofia Pinheiro
estes dias foram imensamente marcados por um uso intenso da minha última aquisição. a minolfa af 50mm f/1.7 tem-me deliciado os dias e regalado os olhos de uma maneira incrível! o meu ramo da fotografia de eleição é, sem dúvida, o retrato. este pequeno equipamento é crucial, com a sua enorme abertura, para criar aqueles lindos fundos desfocados. ainda não lhe tenho dado descanso e prevejo que tão cedo não o terá. aproveito para dizer que esta fotografia foi definitivamente bem escolhida, é das minhas predilectas pessoais.
maravilha quinta (dia #126): incontrolável
eleita pela Mónica Gaspar
finalmente, alguém escolheu uma fotografia que eu seria capaz de eleger também. estes dias que passaram, reparei que dei muito mais protagonismo à fotografia monocromática. ganhei-lhe um gosto maior e, penso que posso afirmá-lo sem mentir, funciona bastante bem. não posso deixar de referir que participei na maratona de fotografia fnac 2011, onde qual fui galardoado com o primeiro prémio (sony α55v). algo bem inesperado, mas, certamente, muito gratificante. um agradecimento àqueles que me ajudaram a consegui-lo, fica aqui depositado.
maravilha quarta (dia #116): transição estática
eleita pela Mariana Dias
começou por admitir que só lhe passavam transições pela cabeça, comparando-as com as cerejas. uma espécie de mudança da primavera para o verão, um oximoro poético com algum significado já que os ditos frutos vão e vêm enquanto tudo o resto permanece imutável. eu intervim com um elogio à linguagem antes de salientar que na fotografia estão presentes ameixas e não cerejas. detesto destruir uma eloquência assim, mas há coisas que têm mesmo de ser feitas.
maravilha terceira (dia #70): a fuga (quase) perfeita
eleita pela Mariana Silva
mais uma vez me vejo surpreendido pela escolha e parece-me que é algo que se repetirá. orgulho-me de todas as imagens que capturo, mas parece-me que categorizo de uma maneira muito própria. aliás, como cada um tem a sua maneira. uma coisa é certa, a probabilidade de ser uma fotografia sobre natureza era bastante elevada, uma vez que foi dos períodos em que mais fotografei o ser vivo imóvel e fotossintético. lá para o fim encontrei umas novas técnicas de edição que acho que resultam muito bem. fica um agradecimento especial a esta menina que se mostrou das mais pontuais neste pequeno juízo.
maravilha segunda (dia #56): queria, mas eu não sei dar títulos!
eleita pela Mariana Amado
foi o que ela disse quando eu torci o nariz ao título em inglês 'when i drive myself my light is found' e, consequentemente, lhe pedi para inventar um equivalente português. no seu dilema, confessou ser algo muito complicado, mas será mesmo? não creio. eu gostei, só prefiro que seja na língua de Camões!
penso que este segundo mês foi consideravelmente mais interessante, em termos de assunto, sujeito e caracterização geral das fotografias. pessoalmente, talvez tivesse feito uma escolha diferente, mas a razão por trás da enorme divergência da arte é essa mesma: uma pessoa, um gosto único.
maravilha primeira (dia #19): passado, presente e futuro
eleita pela Francisca Santos
disseram-me que esta fotografia contém elementos temporais: o senhor passado que percorre a rua com a calma que só uma vida repleta de memórias consegue, o presente marcado pela tecnologia actual que torna as nossas deslocações pelo mundo cada vez mais preguiçosas com os nossos cavalos de quatro rodas e o futuro que surge como um pequeno ser humano transportado num belo passeio com entes próximos.
agrada-me saber que alguém interpreta tão profundamente algo que eu próprio não ofereci a devida atenção. estes primeiros trinta dias de projecto foram marcados por uma rápida e experimental aprendizagem do funcionamento da câmara. por vezes apresentei algo que não me agradava, mas tinha de prosseguir que ainda era cedo para desistir. contudo, já tive uma boa ideia da verdadeira faceta de algo desta envergadura e o empenho que vai exigir. há, sem dúvida, algo de bastante gratificante em sentir que realmente cada imagem tenta superar a anterior e espero continuar com esta sucessão. não me alongo mais em conversas vazias que roubam a ribalta às imagens.
